A ANEA, ao longo de seus quase 60 anos de existência, cumprindo sua função de promover e divulgar as atividades de suas Associadas, orgulhosamente acompanhou o esforço e a capacidade de transformação e adaptação que as mesmas demonstraram ter ao absorver o avanço tecnológico ocorrido neste período.

A migração gradativa dos equipamentos óticos/mecânicos com alto grau de precisão só possível a países com tradição de executar uma mecânica e uma ótica fina e requintada, tais como eram os suíços e alemães, substituídos por sistemas digitais computadorizados; o desenvolvimento dos distanciômetros até chegar nas estações totais robotizadas, eliminando os trabalhosos processos de triangulação e trilateração; o advento do surgimento das estações rastreadoras de satélites do tipo GPS, hoje GNSS, e a disponibilização de novas constelações de satélites viabilizando o posicionamento preciso de pontos no terreno, simplificando em muito as atividades de campo para o apoio terrestre; o desenvolvimento, miniaturização e aumento de precisão das plataformas inerciais de navegação, que hoje possibilitam a determinação da posição e da atitude das imagens no instante de suas tomadas, minimizando as atividades de campo e viabilizando o apoio em regiões de acesso e logística complicada. Tudo isto a ANEA testemunhou e viu ser implantado nas linhas de produção de suas associadas.

Neste momento em que a ANAC regulamenta o uso de DRONES, a ANEA vem a público dizer que suas associadas, habituadas a acompanhar a evolução tecnológica, se encontram preparadas para operar esta nova opção de plataforma para o transporte de sensores (câmaras ou perfiladores laser).

Para as associadas da ANEA, toda a adaptação no uso dos DRONES se resumirá a atender os novos requisitos regulatórios, sem, contudo, nenhuma mudança metodológica na obtenção de produtos decorrentes.

As atuais câmaras fotográficas, hoje embarcadas em DRONES, devido as suas características construtivas, possibilitam a aquisição de imagens com muito bom poder resolutivo, embora, em sua maioria, pequem e careçam de tratamento técnico adequado caso se queira obter atributos posicionais e dimensionais dos detalhes nelas contidos.

Identificar os detalhes, ok! Determinar atributos dimensionais destes detalhes dentro de uma precisão que a aplicação a ser dada para estas imagens requeira, isto já é um passo mais adiante e faz parte do cotidiano de quem está acostumado a trabalhar com fotogrametria, focado na etimologia do sufixo METRIA.

Cabe ressaltar que a obtenção das imagens e dados por meio de sensores aerotransportados é uma das etapas da produção cartográfica e de fundamental importância para atingir o objetivo final. As demais etapas referentes ao apoio de campo e processamento dos dados, também importantes, complementam o ciclo na obtenção da cartografia. Salienta-se que a produção cartográfica é uma engenharia e, como tal, tem sua complexidade, a qual deve ser considerada na definição da plataforma mais adequada para a obtenção dos dados, seja com drones ou com aeronaves tripuladas, estas últimas menos sujeitas à quedas, turbulências e com melhores condições de embarcar equipamentos mais robustos, que atualmente coletam dados mais precisos e de uso mais adequado em projetos de maior envergadura.

Assim sendo a ANEA recomenda fortemente que os demandadores de produtos com características cartográficas que incorporem precisão planialtimétrica, consultem suas Associadas para um bom e adequado atendimento.